quarta-feira, 4 de maio de 2011

Revelação

Foto by Gurja



Sigo o caminho que me revela
A fotografia abstrata mais bela,
Meio velha e amarelada e nela palavras
Divinas sem nada que possa concretizar-se
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Se nem através de rima, imagine mímica.
Física, a caneta esferográfica se apossa

Da mística questão que incomoda a vossa senhoria.

Magia que se eterniza mesmo que o senhor ria de nossa poesia.

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Detalhes, atalhos que valem ou valeriam
Para quem valorizasse os 'nadas' da vida.
Quem diria...Escutaria e quem escuta diria
O que precisaria se necessário fosse...
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Encararia a morte e sua foice...
Face a face meia noite...

A impressão avessa te dá um coice,

A revelação transforma o amargo em doce.

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Açoite ou afeição? No rosto a feição de espanto
Quando o oposto que creu lhe apareceu nú e crú.
A fuga da missão, da evolução, da compaixão,
Da gratidão enclausura no baú
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A angústia de qualquer um...
Ao perceber que a ilusão do medo que nos paralisa

É a preguiça que temos em comúm

De mudarmos o que está errado.

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E durante a vida ficamos sem norte
E nos apavoramos se a morte nos chamarmos?!
Evito contar com a sorte que nasce no lar dos traumas,
A flora e fauna da alma restauram minha aura.




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